O dia amanheceu cinzento, com um céu cor de chumbo, ameaçando chuva mas o som dos trilhos do comboio fazia lembrar outras paragens: doces lembranças da linha da Beira Baixa... só que, desta vez, o destino era outro.

Algo mais sublime pairava no ar e tornava a viagem mais aliciante. Desta feita, o destino  era Montreal. E o horizonte trazia mais um grande dia ao percurso literário da nossa grande poetisa,  Adelaide Vilela.

Numa grande sala de um hotel de Montreal, repleta de amigos, admiradores e altas individualidades, ía acontecer o momento tão ansiosamente esperado. Nasce então um novo lançamento de  livro de poemas de Adelaide:  HORIZONTES DE SAUDADE.

 

 E quem melhor que o Presidente da Camara da Covilhã, o Sr. Carlos Pinto para apadrinhar e apresentar a poetisa de que  tanto se orgulha.

 Com um discurso de grande eloquência acabou por frisar que ler os poemas de Adelaide é encontrar hinos de vida, no trabalho e dedicação aos seus afectos.

É de realçar a presença do Sr. Cônsul de Portugal em Montreal e de um poeta amigo natural de Sobral de S. Miguel, Laureano Soares.

Após um delicioso almoço seguiram-se momentos de grande animação em que o Fado esteve muito bem representado assim como o lançamento de novos talentos da comunidade. Finalizou-se com o já conhecido cantor, Joe Puga.

 De sublinhar também alguns momentos de poesia em que foram recitados poemas do novo livro de Adelaide, bem como alguns dedicados à autora por poetas amigos oriundos de diversas latitudes.

 Ao terminar, não quero deixar de mencionar a forma amável e carinhosa como fui recebido pela família Vilela.

À Adelaide vai o meu eterno agradecimento com mil e um votos de eterna felicidade, pelo seu saber e pelo seu longo percurso, difundir a língua de Camões. Que o futuro lhe traga  muitos mais galardões de reconhecimento..

 Ao Vilela uma palavra de apreço como me recebeu. Um muito obrigado pelas risadas que compartilhamos a altas horas da madrugada, em prejuízo do descanso merecido e que tanto precisava e, pelo transtorno que causamos à nossa poetisa, as minhas sinceras desculpas.

 Que uma estrela brilhante ilumine o longo percurso da Poetisa e lhe permita espalhar por esse mundo fora os sonhos de criança agora mulher, nascida nas Serras da Beira Baixa,  propriamente dito:   no nosso cantinho adorado e saudoso chamado S. Jorge da Beira..

 E para finalizar, vai um excerto do poema de Laureano Soares "Flor da beira" recitado pelo próprio, no evento, dedicado à Adelaide:               

               É uma flor que nasceu

                um dia perto do céu

                junto ao Pico do Açor

                e partilha todo o amor

                que contem seu coração

                a nobre e pura paixão

                de herança sem igual

                do lindo torrão natal !

  

                  14 de Junho 2011

                   Zé da Abeceira

 


Fotos de Luz Jordan